Efêmero – by me

Se não aparecer um barco, deve ser porque desmanchou, mas dê um F5, pode ser que apareça.

E … abri mão da solidão

Fostes na minha vida, vida.

E entreguei meu coração

Morri, ao me deixares

Estigma em minha alma

Rogo, por vezes choro

Onde estás … solidão.



… as vezes também pop, so romantic? AVA, enjoy!



EU NÃO VOU A COPA DE 2014, clicae.

Mudanças – by me

Quente. Assim era seu banho, muito quente. Causava-me espanto como aquela água não lhe queimava a pele alva. Ria embaixo do chuveiro escaldante, enquanto olhava pra mim. Tinha um sorriso lindo, maravilhoso, tipo capa de revista. Divertia-se porque não conseguia tomar banho com ela. Apenas não suportava a água quente, não naquela temperatura. Ela sabia e ria.

Gostava de festas, eu sempre fora avesso a gente. Um gosto por vezes estranho para música, dizia que gostava das coisas que eu ouvia; bem poucas, quase nada. Gostava de cinema, eu também. Vazio. Éramos o oposto, nem sei o que viu em mim, porém sei o que via nela.

Quente, é como tomo meu banho agora, a diferença é que sinto frio, um frio da ausência dela, um frio que enregela a alma, um frio que não me abandona, um frio de dor, de uma saudade infinda, um frio embaixo de uma água quente.

É, estou velho num banho quente, e a cada vez sinto mais frio.

Vantagens e desvantagens de se trabalhar por conta

14/03 – 11:52 h. Vantagens e desvantagens de se trabalhar por conta.

Quando se pensa em trabalhar, a primeira coisa que nos vem à cabeça é o que fazer para se estar num lugar que nos de prazer e, de quebra, um salário razoável. Difícil. Geralmente o que nos é ofertado(?) não consegue coadunar prazer e salário. Isto nos remete a um dilema:  ou o prazer ou o salário. E creiam, nem isto é fácil. Já algum tempo tenho sobrevivido trabalhando por conta. Tempos horríveis enfrentei. As calmarias nestes mares são escassas. Isto torna a vida bem problemática. Não fosse pelos dependentes, certamente o prazer seria o meu norte. Isto, porém, é um luxo que há muito abdiquei. Existem dois estágios distintos quando se trabalha desta maneira: tudo vai bem quando o serviço aparece e você pode preocupar-se apenas em fazer aquilo pelo qual lhe contrataram. Isto é ser profissional.  Mas quando a questão envolve valores (o chamado menor custo), o problema começa aí. Os critérios de escolha, da parte de quem contrata, beiram ao bizarro. Ou seja, existe o serviço, precisam de quem o execute mas, e sempre tem um mas, o preço a ser pago é aviltante. Por mais depreciativo que seja o valor pago e você pense que ninguém trabalhará pela miséria que lhe ofertam, eis que surge uma alma débil, estúpida, e cá entre nós, se pudéssemos o estrangularíamos, nosso “querido” concorrente. Ok, você é daqueles que acredita que há um lugar ao sol para todos. Mas puxa, tinha que ser justo no meu espaço? Ninguém trabalha apenas porque gosta. É necessário, e até aí, não há alguma novidade. O saldo é que é negativo. Já abri mão de prestar serviços a uma grande multinacional de telecomunicações, apenas porque o “target” estabelecido me informava, nas entrelinhas, que eu teria que pagar pela oportunidade impar que me ofereciam em trabalhar para sua marca. E declinei por dois anos seguidos. Imagino que depois que demonstrei minha indignação – por meio de ofício –, fui descartado nas concorrências seguintes. A única coisa que me “orgulha” nisto tudo, é que hoje, ao passar em um dos locais em que prestam o serviço que declinei, posso dizer sem nenhum pudor: "Eu não cuido esta merda". Eis aqui a vantagem de se trabalhar por conta. Isto não tem preço.